sábado, 4 de agosto de 2007

EL PORTUNHOL SELBAHEN, GILBERTO GIL Y EL PORTUNHOL

Yo estaba em Meruri, aldeia bororo en plena selva matogrossensis para dirigir um par de filmagens para a UCDB (Universidade Católica Dom Bosco) a convite da Ana Paula (mulher do Zé Du), que en aquella época me havia apresentado al pro-reitor Padre Jair dizendo que yo era o nome certo para dirigir un documental sobre bororos para ellos. No dia seguinte, los bororos de la región receberiam la visita del ministro da Cultura Gilberto Gil para lanzamentos de obras y proxetos di fomento a la cultura bororo. Lembro haber filmado coisas lindas com un xamã, Merudi Ekureo, tocando maraca y nos llevando a conocer la kasa sagrada de los rituales bororos. Lembro que llegamos a la noche. Non había luna. La noche parecia una pantera negra estrellada. Y un grupo de bororos, algunos aparentemente borrachos de chicha, entonavam cantos en um galpón que era el úniko lugar donde había luz acesa. Moema (la yiyi que faria los reportahes) y el cameramen (un boludo de primera onda sabelo todo pero que non percebia las diferenzas entre filmaje redonda y filmaje quadrada) se haviam mandado a dormir. Pero yo estaba impactado con aquellos kantos bororos kortando el silenzio y preferi ficar alli numa parte del oscuro mironeandole a los bororos entonaren salbahemente sus kantos en una lengua que nunka havia ouvido. Lembro que quando fui dormir un par de horas después, los bororos seguiam kortando el silenzio pantera negra estrellada con sus kantos llenos de kalor humano. Dormi como uma pedra. Quando acordei, el ministro da Cultura estava para chegar com sua comitiva. Antes ou depois da chegada dio ministro lembro ter filmado el bororo mais antigo de Meruri, 90 anos ou mais, nem ele sabia, que me contou sua bersión del mito de origem bororo que nunca mais esqueci. Algunos bororos vestian atuendos de origen própia y otros se vestian como el ministro y los demais non bororos y xavantes que tanbém andabam por alli con sus filmadoras digitales para registrar la visita y las palabras del ministro. De repente llega el ministro y su comitiba en camionetas ranger 4 portas del Minc. Gilberto Gil se baja de la camioneta y empieza la farra afro-bororo! Moema, yo y el camera seguimos el ministro para tentar gravar una entrevista, pero los assessores decían que ele daría una coletiva nomás a qualquer momento. Gilberto Gil faz discurzos purétes. Todos aplaudem. Luis Turiba, assessor mais próximo, filma tudo com su mini-dv. El ministro recebe vários regalitos, que entrega a los para que guardem al toke en las camionetas Ranger 4 portas del Minc. O ministro enton convoca a los periodistas para la tal coletiba que non dura mais que 15 minutos. Lembro que tinha comigo alguns ejemplares de Dá Gusto Andar Desnudo Por Estas Selvas [http://www.travessadoseditores.com.br/]. Y quando acaba la puerra de la coletiba yo le entrego un ejemplar del Dá Gusto al ministro. Ele recebe el libro com fria indiferenza y entrega el exemplar a una de las assessoras (habían unas assessoras hermosas) y non me dá nim zero di bola. Lembro como fue tan diferente quando entreguei un ejemplar de Uma Flor na Solapa de la Miséria [http://www.eloisacartonera.com.ar/] a Tom Zé en la Bienal de las Artes 2006 en Sampaulandia. Estaba con Javier Barilaro en el boliche de Eloisa Cartonera. Y de repente passa Tom Zé. Le pido un ejemplar de Una Flor a Barilaro y salgo atrás dele. Me aproximo. Y le pregunto: usted es Tom Zé? Sim, dice ele. Yo le quero dar un regalito, mio libro de sonetos salvahens escritos en portunhol ypublicado en Buenos Aires por Eloisa Cartonera etc. Tom Zé recebe el libro con una sonrisa a la flor de los lábios. Y dice: então me dá um abrazo também. Y nos abrazamos. y fiquei comobido con el kalor humano de Tom Zé, lo que compensou legal la frieza indiferente del ministro Gilberto Gil. Y hace poco nomás pesquisando el portunhol en el mundillo virtual, encuentro un artigo en el site del Minc sobre Gil y el portunhol en que se comenta de paso la presenza del portunhol en el mundillo virtual y vejo alli uma frase de una entrevista que fizemos con la poeta Eliza Andrade Buzzo para el Casulo y la mencione al blogui Portunhol Selvagem. Mesmo assim fiquei meio decepcionado com u ministro Gil. Y asombrado con el kalor humano de Tom Zé. Pero le sigo queriendo al poeta Gil apesar de sua frieza. Y meses depois filmei la visita que Gil fez a Manoel de Barros en Campo Grande. Y alli filmando Gil y Manoel conbersando achei legal quando u Manoel le dice a Gil que abandonasse luego la carreira de ministro y voltasse de una vez a la poesia porque ele (Manoel) ya estaba com saudade do poeta Gilberto Gil... Y agora después de un par de anos acho legal ver u ministro y u poeta Gilberto Gil defendendo el portunhol y hasta lanzando al aire algunas reflexiones interessantes sobre el tema. Mas u legal mesmo seria que se Gil me comprasse unos sonetos y fizesse un disco en portunhol y conbidasse também a los poetas y escritores que empiezan a usar el Portunhol Salbajem como Xico Sá, Ronaldo Bressane, Jorge Kanese, Marcelo Silva, Cristino Bogado, Edgar Poe de Ñemby y otros friends para fazer um cd todo en portunhol selbahen. Seria una defesa del portunhol mucho mais vuelo... Ou non seria?


TEXTO SOBRE GILBERTO GIL Y EL PORTUNHOL
QUE ENCONTREI EN EL SITE DEL MINC

O Ministro da Cultura do Brasil, considera que é uma língua em gestação, que está nascendo. São centenas as páginas na Internet onde o portunhol é «língua oficial», a maioria na América do Sul, e o ministro da Cultura do Brasil, Gilberto Gil, é ali comummente apontado como defensor desta «língua em gestação», escreve a Lusa. Há inúmeros exemplos que podem ser encontrados online sobre este linguajar ibérico e latino-americano, mas, para conseguir expressar-se num portunhol básico, um madrileno ou um «alfacinha de gema», só têm, segundo se pode ler em portunholselvagem.blogspot.com, que trocar o «b» pelo «v» e o «o» por «lo» e o «a» por «la». Gilberto Gil já falou portunhol Já mais sérias são as citações de Gilberto Gil, quando o músico, autor, intérprete e ministro da Cultura brasileiro, no V Fórum Social Mundial, de Porto Alegre, Brasil, em 2005, defendeu ser o portunhol «uma língua em gestação, que está nascendo». E o próprio dá um exemplo, ainda citado por blogues brasileiros que debatem o tema, para a eficácia do portunhol, quando, em Xangai, China, num encontro entre ministros da Cultura de diversos países, falou nesta «língua» que emerge do português e do castelhano, e foi «plenamente compreendido tanto por aqueles que dominam a língua portuguesa, como também pelos nativos da língua espanhola». «O portunhol é uma manifestação espontânea, natural, vinda dos corpos e das almas culturais dos nossos povos. Nós precisamos nos entender, não sabemos a língua do outro e temos, ao mesmo tempo, certos resíduos das línguas do português entre eles e do espanhol entre nós, o que nos propicia falar palavras», defendia Gil em 2005. Em Portugal os exemplos de portunhol podem facilmente ser escutados na boca de jogadores de futebol ou treinadores latino-americanos. Páscoa de viagens A época festiva da Páscoa, que leva milhares de portugueses a Espanha e vice-versa é também um momento único, em qualquer loja de artesanato ou de «recuerdos», para ouvir o portunhol em acção. Exemplos que Fernando Paulo Baptista, linguista e autor de inúmeros ensaios sobre a matéria, enquadra numa dinâmica proporcionada por duas línguas «intercomunicantes», tendo em conta a necessidade de as pessoas poderem comunicar quando «não dominam totalmente a língua do outro». O autor de «Tributo à Madre Língua», que é um conjunto de ensaios sobre a língua portuguesa, admite a possibilidade, como defende Gilberto Gil, de o portunhol poder evoluir para uma língua de facto, mas adverte para o risco de poder acontecer um «efeito de sucção» do português pelo castelhano, atendendo à dinâmica e ao maior peso social e económico do mundo hispano-falante. Contudo, Paulo Baptista, lembra que na América Latina essa fusão é mais fácil porque, naquelas latitudes, tanto o português (Brasil) como o castelhano, não têm um sistema linguístico tão estruturado e cimentado na história dos povos que as falam. Entretanto, num claro exemplo de portunhol utilizado nos inúmeros sítios online latino-americanos, é possível encontrar esta «pérola» em portunhol: «Prefiro los poetas que tienen la sabiduria de non se levarem muito a sério. Também non gosto di certos malabarismos eruditos idiotas».

FONTE: http://www.cultura.gov.br/foruns_de_cultura/cultura_digital/na_midia/index.php?p=24812&more=1&c=1&pb=1

No hay comentarios: